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Tecnologia, garra e insulina para vencer o Everest!

Descubra como um grupo de diabéticos gaúchos está se preparando para encarar o desafio de escalar a montanha mais alta do mundo.

Rodrigo Ferreira, Tomás Boeira, Leticia Socoloski e Viviane Alano são maratonistasFoto: Diego Vara / Agencia RBS
Rodrigo Ferreira, Tomás Boeira, Leticia Socoloski e Viviane Alano são maratonistas
Foto: Diego Vara / Agencia RBS

Chegar ao pico da montanha mais alta do planeta está longe de ser fácil. Com quase 9000 metros de altura, subir o Everest é um desafio imenso ao corpo humano, já que as temperaturas facilmente beiram o negativo e o oxigênio fica cada vez mais escasso conforme se escala a montanha. Tudo isto ajuda a modificar a maneira como o corpo humano funciona internamente, causando sérios desconfortos, cansaço e dores. Além disso, avalanches e ventos fortes rotineiramente açoitam os aventureiros que decidem encarar o desafio. Mesmo assim, um grupo de brasileiros está disposto a tentar a sorte no Everest. E mais: todos eles são diabéticos tipo 1.

“Não estamos indo somente por nós, mas por todos os outros diabéticos. Queremos mudar aquele pensamento que existe de que, porque a pessoa foi diagnosticada com a doença, ela terá de ficar trancada em casa“, disse Rodrigo Ferreira, um dos integrantes do grupo, em entrevista ao jornal Zero Hora.

 

TECNOLOGIA…

Os alpinistas brasileiros contarão com uma ajuda toda especial durante sua jornada. Ao longo dos 25 dias de expedição, eles utilizarão glicosímetros especiais que transferem os dados de glicemia para tablets. Além da glicemia, dados adicionais sobre a saúde dos participantes também ficarão armazenados no aparelho. Estas informações médicas serão enviadas, via satélite, a uma equipe médica aqui no Brasil. Caso os profissionais da saúde percebam alguma alteração séria na saúde dos aventureiros, instruções sobre como corrigi-las poderão ser passadas por telefone.

 

… E MUITA GARRA!

A equipe brasileira pretende provar que ser diabético não é impedimento para que se leve uma vida normal (ou, se preferir, para que se tenha uma vida repleta de grandes aventuras!). Prova disso é que, além de escalar o Everest, todos os integrantes do time são muito bem treinados fisicamente, levando uma vida ativa de fazer inveja a muitos não-diabéticos.

De acordo com matéria do Zero Hora,

Liderados pelo espanhol Josu Feijoo, primeiro diabético a atingir o ponto mais alto da Terra, a aventura começa ainda em outubro e acaba na primeira semana de novembro. A oportunidade de participar da expedição veio pelo contato de Feijoo com o educador físico do Instituto da Criança com Diabetes (ICD) Winston Boff. Segundo o preparador, ele pediu que fossem indicados atletas com diabetes tipo 1 e acostumados a um nível mais intenso de atividade física — o que era o caso do quarteto. Acostumados a disputar maratonas, eles se conheceram no grupo de corrida do ICD.

Posteriormente, iniciou-se um processo de seleção. Levando em conta fatores como experiência com o exercício físico, idade e disponibilidade de tempo, Boff concluiu que o grupo seria o mais adequado para subir o Everest. Eles passaram, assim, por uma sequência de exames e treinamentos de alta intensidade, que incluíram subir e descer várias vezes a Avenida Coronel Lucas de Oliveira.

Leia mais em: Zero Hora

 

A equipe de ciclistas diabéticos tipo 1 do time Novo Nordisk é exemplo de sucesso e superação.
A equipe de ciclistas diabéticos tipo 1 do time Novo Nordisk é exemplo de sucesso e superação.

NOVA ROTINA PARA QUEM ESTÁ COM DIABETES?

Não é a primeira vez que diabéticos conquistam grandes feitos no esporte. No final do mês passado, dois brasileiros com diabetes tipo 1 conquistaram o Kilimanjaro, a montanha mais alta da África e uma das maiores do mundo (leia a matéria aqui!).

Quando o assunto é o ciclismo, já são clássicas as vitórias dos diabéticos em circuitos internacionais. Reveja aqui o perfil de um dos mais famosos diabéticos no mundo das duas rodas, Phil Southerland, e inspire-se com mais este belo exemplo de superação!

 

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