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Novo Nordisk quer curar a epidemia de diabetes nas cidades

Gigante farmacêutica inicia projeto mundial em que estimula governantes a encontrar soluções para o alto número de diabéticos nas grandes cidades.

 

A empresa farmacêutica Novo Nordisk, maior produtora global de insulina, está iniciando parcerias com os governos de algumas das maiores cidades do mundo para desenvolver maneiras de diminuir a epidemia de diabetes que existe no meio urbano. A campanha é baseada em diversos estudos que mostram que viver na cidade aumenta consideravelmente os riscos de se desenvolver a doença, quando comparado à vida rural.

A empresa anunciou que, em breve, divulgará as cidades da América do Norte e Europa que participarão do projeto. Até agora, o único local já confirmado é a Cidade do México.

Lars Sørensen, um dos líderes da Novo Nordisk, afirmou ao jornal Financial Times que a tendência atual à urbanização está acelerando a epidemia de diabetes, principalmente por causa das altas taxas de obesidade tipicamente encontradas na zona urbana, muito maiores do que as observadas na zona rural. Sabe-se que o sobrepeso e a obesidade são fatores de risco graves para o diabetes tipo 2.

A idéia da Novo Nordisk é, juntamente aos governos das cidades-parceiras do projeto, estudar como se dá o diabetes na população e o que pode ser feito – em termos de políticas públicas – para sanar o problema. A cidade onde fica a sede da Novo Nordisk, Copenhague (Dinamarca), foi usada como exemplo de local “saudável”, uma vez que possui vários quilômetros de ciclovias, o que estimula uma vida mais ativa por parte dos moradores.

“A epidemia global de diabetes é uma emergência em câmera lenta”, disse Sørensen. “Apesar de haver muitos fatores alimentando a trajetória de crescimento do diabetes, a contribuição mais forte é da urbanização e do crescimento das cidades”, completou.

Hoje em dia, mais da metade da população mundial vive em cidades – estima-se que o número chegue a 70% em 2050. Boa parte da população urbana adota um estilo de vida sedentário, o que contribui para o aumento de peso (pesquisa recente mostra que, no Brasil, 80% dos jovens consideram-se sedentários). Além disso, a alimentação desbalanceada, baseada em refeições preparadas fora de casa e fast foods, é outro fator de impacto negativo à saúde.

 

O QUE UMA EMPRESA FARMACÊUTICA GANHA AO ESTUDAR MANEIRAS DE EVITAR O DIABETES?

Para quem sempre vê um lado maquiavélico nas ações das grandes farmacêuticas, Sørensen explicou ao Financial Times a motivação financeira por trás do novo projeto.

“Se nós trabalharmos com os políticos e profissionais de saúde locais, ajudando-os a tratar a doença, isto criará um relacionamento de confiança que é bom para os nossos negócios e para os nossos investidores no longo prazo”, disse.

 

2 Comentários

  1. A Novonordisk querer curar epidemia de Diabetes na cidades, como?
    Se em Agosto de 2.005, ela tirou de circulação a melhor e mais moderna Insulina que era a Novolin L (Lenta)

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