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Pouca melatonina aumenta os riscos de diabetes tipo 2

Novo estudo relaciona níveis baixos de melatonina – também conhecida como “hormônio do sono” – a maiores chances de se desenvolver diabetes.

Mulheres com níveis baixos de melatonina à noite foram o alvo principal do estudo.

Um dos motivos pelos quais o diabetes é uma doença que ainda não foi curada é a enorme complexidade da condição. Insulina, glicose e demais “participantes” do diabetes interagem com o corpo humano de tantas maneiras que torna-se complicado compreender exatamente como o diabetes funciona. Agora, uma nova interação entre o nosso corpo e o diabetes foi descoberta, trazendo consigo a promessa de potenciais novos tratamentos e ajudando a compreender melhor esta complicada condição.

Na edição de 3 de abril da importante revista científica Journal of the American Medical Association, foi publicado, pela primeira vez, um trabalho que associa o hormônio melatonina e riscos elevados de diabetes.

A melatonina é uma substância importante para o funcionamento correto do relógio interno do organismo e ajuda a acalmar o corpo. Mais do que isto, auxilia de maneira significativa a controlar o sono – por isso mesmo, a melatonina é também conhecida como “hormônio do sono”. Ela é utilizada em diversos tratamentos médicos, como aqueles para vítimas de delírios, dores de cabeça, transtornos de comportamento e até mesmo câncer.

A melatonina é bastante conhecida nos EUA e Europa, locais nos quais é vendida como medicamento e suplemento alimentar.

A pesquisa descobriu que mulheres que possuem quantidades menores de melatonina à noite correm duas mais chances de se tornarem diabéticas tipo 2.

O estudo foi realizado obtendo-se melatonina a partir da urina de cerca de 800 voluntárias norte-americanas. O grupo de pesquisa, baseado no Brigham and Women’s Hospital, de Boston, EUA, foi liderado pelo doutor Ciaran McMullan. De acordo com o médico, “é a primeira vez que se constata um vínculo entre a secreção noturna de melatonina e o risco de diabetes tipo 2”.

“Espero que este estudo leve a outras pesquisas para examinar os efeitos da secreção de melatonina sobre o organismo e o papel deste hormônio no metabolismo da glicose e no risco de diabetes”, acrescentou McMullan.

De acordo com os cientistas, com as informações que eles conseguiram será possível realizar novas pesquisas visando a determinar se um aumento artificial na quantidade de melanina (através de suplementos, por exemplo) pode ter um efeito benéfico na sensibilidade do corpo à insulina, o que ajudaria a prevenir o diabetes tipo 2.

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