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Pâncreas artificial feito com iPhone é testado com sucesso em diabéticos

A matéria a seguir, do jornal O Globo, não representa novidade para os leitores do Diabeticool. Ainda assim, vale a pena checar mais esta novidade!

BOSTON – Um pâncreas artificial portátil, construído a partir de um iPhone modificado, regulou com sucesso os níveis de açúcar no sangue em pessoas que têm diabetes tipo 1, segundo uma pesquisa publicada no “The New England Journal of Medicine” no domingo.

O pâncreas artificial é a última versão de um dispositivo que vem sendo redesenhado por muitos anos. O sistema consiste em um iPhone 4S acoplado a um monitor de glicose, duas bombas, e reservatórios de insulina e glucagon. Um sensor embaixo da pele de um dos lados do abdômen mede a glicose no fluido entre as células, o que corresponde de perto aos níveis de glicose no sangue. O sensor libera uma leitura para o smartphone e o software do smartphone calcula a dose de insulina a cada cinco minutos. O medicamento é, então, bombeado através de tubos finos de dois pontos de infusão minúsculos incorporados sob a pele do outro lado do abdômen do paciente.

O telefone também tem um aplicativo no qual um paciente pode inserir informações imediatamente antes de comer, indicando se a refeição é o café da manhã, almoço ou jantar, e se o conteúdo de carboidratos será pequeno, grande ou típico. Em seguida, ele calcula e distribui as doses adequadas. O dispositivo ainda requer uma picada no dedo duas vezes por dia para obter uma leitura precisa de sangue, o que o paciente entra no telefone.

— Fiquei impressionado como o dispositivo funcionou bem — disse Ed Damiano, da Universidade de Boston University, que trabalhou no projeto.

Testes durante cinco dias

Os desenvolvedores testaram o dispositivo durante cinco dias em dois grupos de pacientes, 20 adultos e 32 adolescentes, comparando os resultados com as leituras obtidas com bombas de insulina convencional que os participantes estavam usando. Os adultos testados tinham, cada um, a constante atenção de uma enfermeira, e eles ficaram hospedados em um hotel para o estudo de cinco dias. Na maioria das vezes eles eram livres para viajar e exercer atividades normais. Os adolescentes, sendo 16 meninos e 16 meninas, viveram sob supervisão em um acampamento de verão para jovens com diabetes.

Christopher Herndon, de 13 anos, testou o aparelho em agosto durante um acampamento para crianças com diabetes. E odiou ter que deixar de usar o dispositivo.

— É como um sonho para os diabéticos, exime da responsabilidade; evita riscos ao organismo e faz com que você se sinta bem o tempo todo — explicou Herndon à rede de TV NBC.

Diabetes tipo 1, que geralmente começa na infância ou na idade adulta jovem, é uma condição crônica em que o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, o hormônio que reduz os níveis de açúcar no sangue. A insulina funciona em conjunto com glucagon, um hormônio que aumenta o açúcar no sangue. Juntos, eles mantêm o açúcar no sangue em uma faixa saudável.

Cerca de um terço das pessoas com diabetes tipo 1 dependem de bombas de insulina para regular o açúcar no sangue, o que elimina a necessidade para injecções e pode ser programado para imitar a libertação natural de insulina. O problema é que essas bombas não se ajustam automaticamente às necessidades de insulina variáveis ​​do paciente, e eles não liberam glucagon. Este novo dispositivo libera ambos os hormônios, e faz isso com pouca intervenção do paciente, a cada cinco minutos.

Fonte: O Globo

 

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