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Versão “antiobesidade” do Victoza é aprovada nos EUA

Aprovada a venda do Saxenda, uma versão mais “potente” do Victoza, indicada para combater o sobrepeso e a obesidade.

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O princípio ativo utilizado no Victoza, medicamento antidiabético que chegou há poucos anos aqui no Brasil, foi aprovado nos EUA como novo tratamento contra a obesidade.

O princípio ativo é uma molécula chamada “liraglutida”. No caso do diabetes, ela ajuda o corpo a aumentar a produção e secreção de insulina. Para quem está acima do peso, a vantagem da liraglutida é aumentar o tempo que a comida fica no estômago. Com isto, a sensação de saciedade dura mais e a pessoa, naturalmente, come menos.

A liraglutida será vendida nos EUA sob o nome comercial de “Saxenda”. A diferença para o Victoza é a concentração do princípio ativo, cerca de duas vezes maior no caso do medicamento contra a obesidade.

A FDA, agência governamental norte-americana que regula a venda de medicamentos, afirmou em comunicado que o Saxenda é eficaz na redução de peso e que oferece riscos pequenos de efeitos colaterais. A indicação é que seja utilizado em pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) maior ou igual a 30 ou então que estejam com sobrepeso (IMC maior que 27) e alguma outra doença associada ao excesso de peso, como o diabetes tipo 2.

liraglutida diabetes
A liraglutida é a molécula por trás do sucesso do Victoza e do novo Saxenda.

 

QUANTO PESO ALGUÉM PERDE?

Em um amplo estudo, envolvendo mais de 5000 pessoas, a empresa farmacêutica Novo Nordisk, fabricante do Victoza e do Saxenda, comprovou que a liraglutida ajuda, de fato, a queimar os quilinhos indesejados – apesar do número de quilos perdidos estar longe de ser “milagroso”.

Após aproximadamente um ano de uso, os participantes do estudo que tomaram o Saxenda perderam uma média de 8% do peso corporal.

Durante os testes, os efeitos colaterais mais comuns foram náuseas, diarreia e vômitos, os quais ocorreram em um número pequeno de participantes.

Episódios de hipoglicemias foram relatados em uma pequena parte dos voluntários (cerca de 15%), que tomaram o Saxenda em conjunto com medicamentos antidiabéticos da classe das sulfoniluréias (como glibenclamida, glimepirida, tolbutamida e clopropamida).

 

DESCONFIANÇA

Em entrevistas à mídia norte-americana, muitos médicos e profissionais da saúde demonstraram relutância em prescrever a nova droga.

Além da eficiência em ajudar a perder peso ser relativamente baixa, ainda permanece uma forte desconfiança quanto à segurança dos medicamentos para combater a obesidade. Muitos remédios foram retirados do mercado no passado recente por gerarem efeitos colaterais perigosos.

Ainda não há previsão do lançamento do Saxenda no Brasil.

 

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