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Novidade duplica capacidade do corpo de curar feridas nos pés

Médicos italianos testam, com sucesso, medicamento eficaz na cicatrização de feridas nos pés de quem está com diabetes.

Quem está com diabetes já há bastante tempo provavelmente escutou este conselho do médico: “cuide com muita atenção de seus pés“. A dica é importantíssima – e com boas razões. Problemas nos pés de quem tem diabetes são extremamente comuns e, além disso, quando não tratados corretamente, causam danos muitas vezes irreversíveis, que podem incluir a amputação do membro. O problema é que o diabetes dificulta tanto a percepção de um machucado nos pés quanto o processo natural de cura da ferida. Agora, porém, um grupo de cientistas italianos afirma que uma maneira nova e eficaz para tratar os machucados nos pés diabéticos está a caminho.

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O grupo de pesquisas testou, ao longo de oito semanas, um medicamento chamado de polideoxiribonucleotídeo em 216 pacientes com diabetes e que tinham feridas nos pés. De acordo com os resultados do trabalho, a droga aumentou em duas vezes a capacidade do corpo de sarar o machucado, cicatrizando-o por completo.

“Machucados nos pés são complicações perigosas para pessoas com diabetes, e os tratamentos atuais (como a terapia com oxigênio em câmaras hiperbáricas) são caras e podem levar a efeitos colaterais”, afirmou o dr. Francesco Squadrito, da Universidade de Messinan, na Itália, e um dos autores do estudo.

“Nossa pesquisa mostrou pela primeira vez que uma abordagem farmacológica é capaz de melhorar o processo de cura de machucados em diabéticos”, completou o cientista.

“Esta abordagem pode revolucionar o tratamento de úlceras do pé diabético – uma das principais causas de hospitalização no mundo desenvolvido”.

Novos testes serão feitos para comprovar a eficiência do tratamento. Caso deem certo, podem ajudar a diminuir os altos números de amputações dos membros inferiores que continuam a preocupar a comunidade diabética mundial.

O trabalho será publicado na próxima edição da revista científica Endocrine Society’s Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism (JCEM).

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