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Bactérias intestinais são associadas a baixos índices de obesidade e diabetes

Pessoas saudáveis apresentam uma diversidade de espécies maior da microbiota intestinal, que reforça a proteção contra várias doenças.

Em um pequeno estudo, que dá suporte a descobertas anteriores que ligam determinado microrganismos do intestino à obesidade e ao diabetes tipo 2, pesquisadores turcos descobriram inconsistências na microbiota das pessoas afetadas pelas condições citadas acima quando comparadas a indivíduos saudáveis.

Microbiota é um termo científico para descrever a comunidade bacteriana digestiva, composta por pelo menos 160 espécies. Ela é considerada parte do sistema imunológico, por sua capacidade de combater uma série de doenças.

— A microbiota intestinal pode ser utilizada como um importante indicador para determinar o risco dessas doenças metabólicas ou pode se tornar um alvo terapêutico para tratá-las— diz Yalcin Basaran, endocrinologista da Escola de Medicina da Academia Médica Militar Gulhane, em Ancara.

No estudo, os pesquisadores trabalharam com 27 adultos que tinham obesidade grave, 26 participantes recém-diagnosticados com diabetes tipo 2 e um grupo de controle com 28 voluntários saudáveis. Um dos critérios de seleção foi a ausência de medicamentos e antibióticos no sistema, o que poderia alterar a composição da microbiota. A análise fecal apresentou maior diversidade da microbiota nos indivíduos saudáveis e nos grupos de obesos e diabéticos estavam faltando várias espécies importantes.

— Novos testes devem ser feitos para esclarecer se as mudanças microbianas intestinais são uma causa ou efeito das doenças metabólicas. A manipulação de bactérias intestinais poderia oferecer uma nova abordagem para gerenciar a obesidade e diabetes tipo 2— afirma Basaran.

A investigação obteve sucesso ao conectar diversas condições a uma bactéria específica, já que o índice de massa corporal (IMC) dos pacientes, a circunferência da cintura e o controle de açúcar no sangue, entre outros fatores, corresponderam às suas respectivas contagens de determinadas espécies.

Ainda que manter a microbiota diversificada seja uma questão de alimentação para a maioria das pessoas, o transplante por meio de material fecal talvez seja necessário para os casos nos quais a alteração dos hábitos alimentares não traz resultados. Também conhecidos como bacterioterapia fecal, os transplantes fecais têm sido usados com moderação apesar de serem cada vez mais comuns.

Fonte: ZH Vida

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