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Spray de nariz pode ser o fim das injeções de insulina

Uso uma vez ao dia de novo spray nasal pode significar o fim das injeções para diabéticos tipo 1!

Quem tem diabetes, em especial diabetes tipo 1, tem de continuamente realizar duas atividades não muito agradáveis: monitorar as taxas de açúcar no sangue e corrigi-las através do uso de insulina. O monitoramento geralmente é feito picando-se um dedo, coletando-se uma gota de sangue e inserindo-a em um aparelho medidor. O uso de insulina, por sua vez, muitas vezes envolve injeções. São tantas picadas todos os dias que métodos indolores e mais práticos para o controle da glicemia continuam sendo o sonho de consumo de muitos diabéticos.

Felizmente, vivemos em uma ótima época!

O Diabeticool já contou a história de aparelhos revolucionários que prometem, muito em breve, tornar a leitura das taxas de açúcar sangüíneo uma moleza – lembre-se aqui do medidor de glicemia do pesquisador Tim Fisher, que lê as taxas através da saliva, suor e urina, e releia a matéria “Novo Paradigma de Monitoramento Contínuo“, que apresenta um medidor que lê a glicemia de uma maneira inédita, através do fluido intersticial. Mas e a administração de insulina? Estão inventando novas e melhores maneiras de utilizá-la, descartando de vez as injeções?

Uma pesquisa publicada na última edição do periódico científico Biomaterials Science tem chamado a atenção. Uma equipe de cientistas da Itália, Grécia, do Reino Unido e do Líbano inventou um spray que permite a incorporação da insulina através do nariz! Os resultados dos primeiros estudos, feitos em camundongos diabéticos, mostraram que o método manteve a glicemia sob controle por 2,5 vezes mais tempo do que as tradicionais injeções – o que significa que o spray deve ser utilizado apenas uma vez ao dia.

Por que o nariz?

Além de ser uma via de acesso fácil ao corpo, o nariz foi escolhido pelos cientistas por apresentar baixa atividade enzimática – ou seja, são menores as chances da insulina ser destruída pelo sistema imune do corpo antes de fazer o seu efeito.

O líder do estudo, Dr Hamde Nazar, da University of Sunderland, no Reino Unido, afirmou que “nossos dados destacam o potencial da formulação para ser usada uma vez ao dia para a administração de insulina através das vias nasais. Todavia, seus méritos no tratamento do diabetes humano pode apenas ser avaliado através de testes clínicos.”

 

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