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Santos: Entidades reclamam de falta de itens básicos em hospital

Hospital-referência na região apresenta problemas sérios de atendimento à população, inclusive diabéticos.

Considerado referência no tratamento de diversas doenças e prestando atendimento a moradores de toda a Baixada Santista, Litoral Norte e Vale do Ribeira, o Hospital Guilherme Álvaro (HGA) atravessa uma crise que engloba a estrutura e os equipamentos da unidade. As denúncias partem de pacientes, membros do Conselho Municipal de Saúde e do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Sintrasaúde).

Falta de sangue e plaquetas são apenas alguns dos problemas relatados. O hospital passa por um desabastecimento de equipamentos básicos a cirurgias, além de problemas estruturais, como ausência de ar-condicionado no centro cirúrgico.

“Se o Governo do Estado faz o repasse, não justifica a ausência desses itens”, diz o presidente do Sintrasaúde, Paulo Pimentel. O dirigente está finalizando a coleta de elementos que serão enviados ao secretário de Estado da Saúde, David Uip, e ao governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Membro do Conselho Municipal de Saúde de Santos, Silas da Silva visitou um paciente que sofre com agravamento do diabetes. Ele diz que o encaminhamento a uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) já deveria ter acontecido, mas o paciente permanece na enfermaria por falta de vagas.

‘‘Vá, aqui não tem gaze’’

Foi a falta de estrutura e de equipamentos que levou a balconista Vilma Fernandes de Oliveira Azevedo a viajar os cerca de 500 km que separam Santos de Barretos. No interior de São Paulo, ela conseguiu realizar a cirurgia para a retirada de um tumor na mama.

“O diagnóstico veio em janeiro do ano passado e a cirurgia foi marcada para abril. Internei-me dois dias antes para controlar o diabetes, mas não havia insulina prescrita”.

Vilma viu seu estado agravar-se após algumas refeições. “Serviram uma mousse de chocolate que pensei ser diet e não era. Meu nível de glicose subiu, não consegui fazer a cirurgia na data e ainda me mantiveram internada por mais dez dias para o controle do diabetes. Na nova data para a cirurgia houve um problema em um dos aparelhos e cancelaram”.

Cansada de esperar, Vilma conseguiu atendimento no Hospital do Câncer de Barretos. “Fui ao médico pegar o encaminhamento. Ele perguntou para quê eu queria, eu revelei e ele respondeu ‘vá. Lá é referência e aqui eu não tenho nem gaze para lhe operar”.

Em nota, o HGA esclarece que os estoques de sangue e de soro estão em situação regular e não existe o risco de desabastecimento. Em relação às plaquetas, “a unidade recebeu um paciente em estado gravíssimo que precisou de um consumo acima do usual”, mas a situação já foi normalizada.

Sobre o centro cirúrgico, “já foi dado início ao processo de compra de um novo sistema de refrigeração central”. O hospital mantém, ainda, uma equipe de manutenção 24 horas. A nota também diz que não há falta de nenhum tipo de equipamento.

Fonte: A Tribuna

 

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