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Maioria dos australianos mal sabe o que é diabetes

Mesmo sendo um país de primeiro mundo e com altas taxas de escolaridade, nova pesquisa indica que desconhecimento da população quanto ao diabetes é enorme.

O diabetes é a doença que mais cresce na Austrália. A cada dia, um impressionante número de 280 novos casos são diagnosticados no país. Estima-se que mais de um milhão e meio de australianos esteja com algum dos tipos da doença, o que representa pelo menos 6,5% da população. Apesar de tão prevalente, muitos australianos ainda desconhecem o diabetes e quais são os principais sintomas da doença. A situação é perigosíssima, uma vez que saber o mínimo sobre o diabetes pode ajudar a prevenir milhares de novos casos todos os anos.

Uma nova pesquisa realizada por uma provedora de planos de saúde do país descobriu que 97% dos australianos desconhece os principais sintomas do diabetes. Além disso, eles não sabem nem mesmo quantos tipos de diabetes existem.

Para completar o alarmante quadro, 20% dos entrevistados não sabia que a obesidade é um grave fator de risco para o diabetes tipo 2. Cerca de 70% deles, ainda, não faziam idéia de que melhorar a dieta e praticar exercícios físicos podem ajudar a deter a doença.

 

FALA NICOLA

A CEO do Conselho Australiano de Diabetes, Nicola Stokes, comentou que os sintomas do diabetes tipo 1 – como sede excessiva – são bem reconhecidos pela população de seu país. Todavia, afirmou Nicola, os efeitos do diabetes tipo 2 parecem não ser tão bem divulgados – poucas pessoa têm conhecimento de que a fadiga, por exemplo, pode estar relacionada ao diabetes.

Segundo Nicola, os resultados da pesquisa indicam um futuro perigoso para a saúde pública australiana. Em sua opinião, o governo deve começar a levar em alta consideração políticas públicas de prevenção ao diabetes e de refreamento da subida dos preços dos tratamentos, caso contrário “não haverá mais verba pública para qualquer outra coisa” dentro de alguns poucos anos.

“(O resultado da pesquisa) é um grito de socorro que eu acho que o governo deve escutar. (Os diabéticos) querem as ferramentas para administrar sua condição, mas o que eles realmente desejam é ajudar seus filhos, os quais podem ter predisposição para o diabetes”, disse Nicola.

 

 

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