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O menininho que não podia ir à escola

Professores negam dar cuidados especiais a jovem diabético tipo 1, impedindo-o de cursar o primeiro ano da escolinha.

Josh Todd segura carta do governo irlandês que seus pais receberam: imbróglio burocrático impede o garoto de cursar o primeiro ano.

Josh Todd é um garotinho que vive com seus pais na Irlanda do Norte. Está com quatro anos de idade. Em janeiro deste ano, foi diagnosticado com diabetes tipo 1. Desde então, ele necessita de quatro injeções diárias de insulina e monitoramento constante de sua glicemia. Até aí, nenhum grande problema, uma vez que os pais do garoto tratam com zelo e atenção da saúde do filho. As dificuldades começaram em agosto, quando se inicia oficialmente o ano letivo na Irlanda. Uma destas quatro injeções de insulina tem de ser dada durante o horário da escola. O que significa que alguém da equipe da escola terá de realizar o procedimento no garoto, já que os pais trabalham. O que acontece se nenhum dos funcionários se habilitar?

Acontece de Josh não poder estudar! Foi o que ocorreu quando os pais matricularam o garoto no colégio Bloomfield. Poucos dias antes das primeiras aulas, a escola avisou que não daria injeções em Josh. A mãe, preocupada, foi ríspida em seus comentários: “A gente acha que a escola do nosso filho colocou o sindicato no meio do assunto e ele aconselhou o colégio a não se voluntariar a nos ajudar. Nós dois trabalhamos em tempo integral e não estamos em posição de oferecer auxílio enquanto ele está na escola. Até onde sabemos, isto é discriminação por deficiência e uma brecha na legislação européia”.

De acordo com a lei irlandesa, os pais são obrigados a colocar o filho na escola. Só que, se o filho tem diabetes tipo 1, precisa de tratamento e a escola se recusa a oferecê-lo, o que fazer?

Os pais do garoto procuraram o Conselho de Educação local, denunciaram o descaso da escola e do governo e procuraram políticos. Após uma breve batalha, uma outra escola, um pouco mais longe de onde Josh mora, ofereceu-se para cuidar do garoto. Enquanto isso, enfermeiras do colégio Bloomfield estão recebendo treinamento a fim de receber o jovem diabético. O curso deve acabar em outubro. Daí, e só daí, Josh poderá estudar normalmente.

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Comentamos há alguns meses um caso semelhante, ocorrido no Canadá. Professores de lá também não queriam dar injeções de insulina em uma jovem aluna. Diziam eles que, caso alguma coisa desse errado, os pais facilmente venceriam um processo legal contra a escola e seus funcionários. A mesma coisa acontece na história do pequeno Josh.

Qual seria a melhor solução para este tipo de impasse? Como é que as escolas brasileiras lidam com situações similares? O Diabeticool investiga e em breve trará as respostas.

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