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Diabéticos tipo 1: expectativa de vida subiu na última década

Novos tipos de insulina, acesso a serviços especializados e conscientização sobre metas de glicemia ajudam a melhorar expectativa de vida de quem convive com o diabetes.

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A expectativa de vida de diabéticos tipo 1 tem aumentado constantemente ao longo das últimas décadas.

A expectativa de vida de quem convive com o diabetes tipo 1 ainda é menor do que a média geral da população. Todavia, a boa notícia é que essa diferença está se estreitando. A cada década que passa, diabéticos tipo 1 vivem mais e mais anos.

Esta é a conclusão de um amplo estudo publicado na última edição do periódico científico JAMA e conduzido por pesquisadores escoceses.

 

A DIFERENÇA DE EXPECTATIVA DE VIDA DIMINUI A CADA DÉCADA

[pullquote]Nos anos 70, um DM1 vivia quase 30 anos a menos do que o normal! Hoje, felizmente, esta diferença diminuiu bastante.[/pullquote]

De acordo com o trabalho, nos anos 70, uma pessoa que estava com diabetes tipo 1 vivia, em média, 27 anos a menos do que um não-diabético (os dados são dos EUA). Já nos anos 80, a diferença ficou na casa de 16 anos perdidos. Hoje em dia, com os novos medicamentos e aparelhos de acompanhamento da glicemia, o número de anos a menos de vida caiu drasticamente.

Atualmente, um diabético tipo 1 vive, em média, de 11 a 13 anos a menos do que um não diabético. A frase talvez não soe como muito animadora, mas, considerando-se os números anteriores, é uma melhora considerável.

“É importante frisar que estas são apenas médias“, afirmou a dra. Helen Colhoun, da Escola de Medicina da Universidade de Dundee, na Escócia, e uma das autoras do estudo. “Algumas pessoas com diabetes tipo 1 terão uma expectativa de vida bastante alta, enquanto outras terão uma expectativa menor. Estas são apenas estimativas”.

 

AS PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTALIDADE ENTRE DIABÉTICOS TIPO 1

Para chegar a estes números, o novo estudo acompanhou dados de saúde de mais de 24 mil escoceses diabéticos tipo 1, de 2008 a 2010.

Neste grupo, homens diabéticos viveram, em média, 13 anos a menos do que não diabéticos. Mulheres com diabetes tipo 1 viveram 11 anos a menos.

Estar sempre de olho na glicemia e corrigi-la o quanto antes é a melhor maneira de evitar os efeitos negativos do diabetes. [pullquote]Doenças do coração são a principal causa de morte em DM1 adultos.[/pullquote]

Na grande maioria dos casos, o diabetes encurtou a vida das pessoas principalmente por causa de doenças cardíacas. É sabido que viver por anos com a glicemia descontrolada aumenta os riscos de desenvolvimento de problemas cardiovasculares, como derrames e enfartos.

Nos diabéticos tipo 1 jovens, as principais causas de mortalidade foram problemas de saúde mais imediatos, como comas diabéticos e cetoacidose.

+ SAIBA MAIS: O que é a cetoacidose?

Ou seja, tanto no caso dos diabéticos mais velhos quanto no dos mais jovens, a lição a ser aprendida é que manter os níveis de açúcar no sangue em valores saudáveis é parte fundamental do dia-a-dia de quem vive com a doença.

“No caso do diabetes tipo 1, o segredo é realmente o controle glicêmico. Isto porque manter a glicemia em valores bons determina, por exemplo, a saúde dos rins – o que, por sua vez, tem um impacto enorme na saúde cardiovascular”, explicou a dra. Helen.

 

COMO MUDAR O QUADRO PARA A MELHOR

[pullquote]A meta, agora, é fazer a diferença de expetativa de vida chegar a zero.[/pullquote]

Um segundo estudo científico, publicado na mesma edição do periódico, mostra que diabéticos que mantiveram um controle rígido das taxas de glicemia ganharam sobrevida considerável ao longo de 27 anos de acompanhamento médico em relação a diabéticos que não mantinham os níveis de açúcar no sangue em valores adequados.

A meta dos cientistas, agora, é fazer com que a diferença de expectativa de vida entre diabéticos e não-diabéticos chegue a zero. Conscientizar as pessoas sobre a importância de se manter a glicemia sempre sob controle é o primeiro passo para atingir este louvável objetivo.

 

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