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Cura na Natureza: Maracujá também baixa a glicemia!

Existem muitos outros alimentos naturais – além do quiabo! – com poderes comprovados sobre a glicemia. Descubra hoje do que o maracujá é capaz.

POR RICARDO SCHINAIDER DE AGUIAR, ESPECIAL PARA O DIABETICOOL

Após a polêmica relacionada ao tratamento do diabetes com quiabo, citado no programa “Caldeirão do Huck” e repercutido aqui no Diabeticool com o excelente texto do Carlão Diabético, muitos devem ter se perguntado: quais outros alimentos poderiam ser usados para controlar a glicemia? Há relatos de muitos frutos e vegetais que poderiam ser usados no tratamento do diabetes pelo fato de ajudarem na redução dos níveis de glicose no sangue, entre os quais se incluem a carambola, o caju, a romã, a azeitona roxa, a cebola e o alho. Mas quais deles já foram testados cientificamente?

Nesse texto, vamos falar sobre uma variedade do maracujá, chamada marucujá-do-mato (nome científico: Passiflora nitida Kunth).

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Amazonas, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, no ano de 2012, analisou os efeitos do marucujá-do-mato sobre a glicemia. No estudo, os cientistas utilizaram uma farinha desse maracujá, obtida após descascarem, desidratarem e triturarem a fruta.

Este é o maracujá-do-mato. A farinha da fruta mostrou-se eficaz na redução da glicemia após testes laboratoriais.

Para testar a eficácia da farinha, foram usados 15 ratos diabéticos. Na primeira etapa do experimento, os animais foram divididos em dois grupos: um deles comeu a farinha, enquanto o outro não. Na segunda etapa, os pesquisadores deram aos ratos uma solução de açúcar e acompanharam a glicemia dos animais durante 2 horas. O resultado foi que os ratos alimentados com a farinha antes da ingestão de açúcar apresentaram uma glicemia menor durante todo o período de testes quando comparados aos ratos que não receberam a farinha. Essa redução chegou a ser de até 60%, quando foi medida 15 minutos depois da ingestão de açúcar.

Os cientistas usaram duas doses diferentes de farinha: uma de 0,5 grama para cada quilo de peso do animal e outra de 1 grama por quilo. Quanto maior a dose da farinha, maior sua eficácia para reduzir a glicemia. Os pesquisadores ressaltaram que, apesar da dose ser relativamente alta quando comparada a de outras drogas, não houve nenhum sinal de efeito colateral nos animais.

 

POR QUE O MARACUJÁ-DO-MATO PODE AJUDAR NA REDUÇÃO DA GLICEMIA?

Os cientistas acreditam que o efeito do maracujá-do-mato sobre os níveis de glicose no sangue pode estar relacionado ao fato de que ele contém grandes quantidades de fibras alimentares. Outros estudos já haviam demonstrado que essas fibras auxiliam no controle da glicemia.

 

E QUANTO AO MARACUJÁ COMUM?

Um estudo realizado pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiróz” (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com Instituto Agronômico de Campinas (IAC), estudou os efeitos da casca do maracujá (Passiflora edulis) sobre a glicemia. A pesquisa também foi feita em ratos diabéticos e mostrou que, ao longo de 30 dias, os ratos que comeram uma farinha feita a partir da casca do maracujá tiveram seus níveis de glicose reduzidos em até 59%. A casca do maracujá, assim como o maracujá-do-mato, tem grandes quantidades de fibras, que podem ter auxiliado no controle da glicemia dos animais.

Um pouco de beleza no seu dia: a maravilhosa flor do maracujá.

E O QUE TUDO ISSO SIGNIFICA?

É importante ressaltar que essas pesquisas citadas não foram realizadas em seres humanos e essas frutas não substituem os remédios para controlar a glicemia. Ainda são necessários mais estudos para que, possivelmente, um tratamento alternativo seja desenvolvido no futuro. Até lá, o que essas pesquisas indicam é que o maracujá e o maracujá-do-mato tem potencial para ajudar no controle da glicemia de pacientes com diabetes.

 

Ricardo Aguiar é formado em Ciências Biológicas pela Unicamp e atualmente faz o curso de “Especialização em Divulgação Científica” no Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), também pela Unicamp.

 

4 Comentários

  1. Então vcs aconselham comer a casca do maracujá, ou tem uma outra idéia de como fazer para adquirir estas boas proteínas ?!?!?!

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