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Cientistas encontram ligação entre psoríase e diabetes tipo 2

Desta vez é “incontestável”: quem sofre de psoríase tem 2x mais chance de ter diabetes tipo 2. Entenda o motivo por trás disto neste post!

A atriz hollywoodiana Cameron Diaz é uma famosa que convive com a psoríase.

A psoríase é uma doença de pele caracterizada pela presença de placas vermelhas e descamativas em qualquer região do corpo e que acomete ambos os sexos e todas as idades. É uma doença auto-imune, ou seja, ocorre devido a um “erro” do nosso sistema de defesa. No caso, as células que deveriam defender nosso corpo contra microorganismos invasores passam a achar que as células da pele são nocivas, daí as atacam, o que faz surgirem as lesões. Falando assim, a psoríase possui fortes semelhanças com uma outra doença auto-imune bastante conhecida, não?

Alguns estudos anteriores já haviam indicado que havia uma ligação entre pessoas com psoríase e diabéticos. Todavia, nunca forneceram certezas. As coisas mudaram esta semana, com a publicação de um novo trabalho, no periódico científico Archives of Dermatology. A pesquisa, realizada por cientistas da Universidade da Califórnia – um local com forte tradição em trabalhos sobre o diabetes -, analisou os dados de 27 estudos, que em conjunto somam mais de 300 mil pacientes.

A conclusão foi que pessoas com psoríase moderada têm 1,5x mais chances de se tornarem diabéticos tipo 2 do que pessoas sem psoríase. Quem tem a doença em níveis severos vê este número subir: as chances de se tornar diabético dobram em relação ao restante da população.

A professora de dermatologia April Armstrong, principal autora do trabalho, explica que quem tem psoríase produz uma substância que ajuda a destruir as células produtoras de insulina do pâncreas, o que, como conseqüência, favorece as chances do desenvolvimento do diabetes. “Há evidências de que as células adiposas de pacientes com psoríase podem não funcionar corretamente. Estas células secretam substâncias inflamatórias, conhecidas como citocinas, que aumentam a resistência à insulina no fígado e nos músculos e iniciam a destruição das células pancreáticas que produzem insulina”.

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