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Finalmente! Começa a ser vendida a insulina inalável

O fim das injeções? Farmácias dos EUA passam a vender hoje insulina Afrezza, de ação rápida e feita para ser “respirada”.

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Dispositivo lembra uma bombinha para asma, é leve e discreto.

Depois de seis meses de espera, chega hoje, terça-feira (03/02/2015), aos mercados norte-americanos a insulina inalável. Aprovada para comercialização em julho do ano passado – relembre aqui na matéria do Diabeticool – a insulina Afrezza finalmente poderá ser comprada nas farmácias e será a única versão inalável do hormônio à venda.

Desenvolvida pelas farmacêuticas Sanofi e MannKind Corp., a Afrezza é uma insulina de ação rápida indicada para controle da glicemia tanto no diabetes tipo 1 quanto no diabetes tipo 2.

Ela deverá ser usada pouco antes das refeições. A insulina é produzida em forma de pó, administrado através de um pequeno dispositivo, do tamanho de um apito (veja nas imagens).

Nos EUA, uma “dose” diária de 12 unidades da nova insulina está sendo comercializada por cerca de 7,5 dólares – ou aproximadamente 20 reais.

ATUALIZAÇÃO (04/02/2015): A Sanofi do Brasil informa que ainda não há data prevista de lançamento da Afrezza no país.

 

QUEM PODE – E QUEM NÃO PODE – USAR A INSULINA INALÁVEL

Em adultos acima de 18 anos, o uso da Afrezza é praticamente irrestrito.

Porém, de acordo com a farmacêutica, a nova insulina é contra-indicada a pessoas com doenças pulmonares crônicas, como a asma. Além disso, fumantes e ex-fumantes devem evitar o medicamento, uma vez que a capacidade pulmonar debilitada pode diminuir a eficiência do hormônio.

A Sanofi alerta, ainda, que de maneira alguma deve-se utilizar a Afrezza como substituto de insulinas de longa duração. A maneira correta de utilizá-la é como coadjuvante em uma plano abrangente de controle do diabetes, e que inclui mudanças na dieta e a prática de atividades físicas.

“Há uma necessidade palpável de insulinas que não necessitam injeções, e nossa empresa está determinada a criar esta nova opção de tratamento aos pacientes”, informou o vice-presidente da divisão de diabetes da Sanofi, Pierre Chancel.

 

A ECONOMIA DO DIABETES: AFREZZA É APOSTA PARA O LUCRO

A Afrezza é a maior esperança da Sanofi para lucrar no mercado do diabetes.

A farmacêutica fatura cerca de 18 bilhões de reais por ano com medicamentos para diabéticos, mas em 2014 a performance foi ruim a ponto de demitirem o principal executivo da divisão. Além disso, em 2015 vence a patente da insulina Lantus – a campeã de vendas da Sanofi e principal motivo dos lucros extraordinários da empresa.

Estima-se internamente que a insulina inalável chegue à marca de 182 milhões de dólares anuais em vendas em 2019. É um número modesto, em parte devido ao medo de rejeição do público por causa da má fama da insulina Exubera (ver a história no quadro abaixo).

Além da Afrezza, uma nova versão da Lantus, chamada Toujeo, também deve ser lançada em breve.

 

O CASO DE FRACASSO DA PRIMEIRA INSULINA INALÁVEL

Exubera e seu tamanho absurdo: não à toa, foi um tremendo fracasso de vendas.

Esta é a segunda vez que uma insulina produzida para ser inalada é liberada para comercialização.

A primeira se chamava Exubera, aprovada em 2006. À época, esperava-se que gerasse lucros na casa dos US$ 2 bilhões anuais. Porém, a Exubera sumiu do mercado já em 2010, após forte rejeição do público e medo de que pudesse causar danos aos pulmões.

Na época, dados de testes clínicos do medicamento levantaram dúvidas quanto à sua segurança. Uma porcentagem pequena, porém significativa, dos usuários acabou desenvolvendo câncer nos pulmões.

Além disso, o aparelho inalador, em si, era gigantesco (veja na foto à direita) e não fez sucesso entre o público diabético.

 

9 Comentários

  1. Olá, existe algum especialista ou algum forum que tratará deste assunto recentemente?
    Estou interessado, mesmo que tenha que importar

  2. Sou diabetica há 46 anos.Desde muito npequena e sempre ouvi falar de novos tipos de insulina.Até agora não vi nada, tomo de 5 a 6 doses por dia e não tenho mais onde meu corpo rejeitar as picadas.
    Carla Bonetto,

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