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Cordão umbilical pode ser o segredo para prevenir diabetes

Cientistas acreditam que o sangue do cordão umbilical pode conter elementos que recuperam células pancreáticas danificadas da própria pessoa, revertendo o diabetes tipo 1.

Uma pesquisa inédita e muito interessante será conduzida em breve na Austrália. Cientistas do The Children’s Hospital, da cidade de Sidney, utilizarão células retiradas do cordão umbilical e as injetarão no pâncreas dos próprios donos dos cordões. A esperança é que o processo ajude a reverter o diabetes tipo 1.

A idéia é a seguinte: o diabetes tipo 1 é aquele no qual as células que produzem insulina são destruídas pelo próprio sistema imune da pessoa, que as confunde com elementos nocivos (leia mais aqui); os cientistas, então, retirarão algumas células de defesa altamente especializadas (chamadas de células T regulatórias) do sangue do cordão umbilical e as reinjetarão no pâncreas do paciente, modificando o ambiente e, com sorte, desestimulando o sistema imune a atacar as células benéficas. O resultado seria uma possível reversão do diabetes, ou que, pelo menos, o aparecimento da condição seja retardado. Vale destacar que este estudo não utilizará células-tronco, também encontradas no cordão, mas apenas células do sistema de defesa.

O sangue do cordão umbilical é rico em elementos únicos do sistema imune, os quais já foram utilizados, com sucesso, no tratamento de doenças como a leucemia. Afirmou Maria Craig, endocrinologista pediátrica do hospital: “Vários estudos em animais demonstraram que a injeção de células T regulatórias do cordão umbilical realmente previne o diabetes tipo 1. Portanto, há uma base científica bastante forte para fazermos este estudo.” A cientista ainda dá um panorama do rumo dos estudos com o material: “Pesquisas estão apenas começando a desvendar o potencial do sangue do cordão, com sua mistura potente de células valiosas, no tratamento de uma grande variedade de doenças.” “Esperamos que este seja o primeiro de muitos estudos com elementos presentes no cordão umbilical”, completou.

Participarão desta primeira fase do trabalho cerca de 20 crianças, com idades entre um e doze anos, que possuem o sangue de seus cordões estocados em bancos especializados e têm parentes próximos com diabetes tipo 1.

 

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