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VEJA ALGUMA DAS PERGUNTAS JÁ RESPONDIDAS

[accordions] [accordion title=”Quais os riscos da glicemia alta?” load=”hide”]“Quais os riscos que corremos quando a glicemia está a 390mg/dl?”

Os principais problemas quando a glicemia chega a esse valor são três: cetoacidose diabética (CAD), estado hiperglicêmico hiperosmolar (EHH) e, claro, as complicações a longo prazo. Em resumo: os riscos dependem muito do tempo durante o qual a glicemia fica nesse estado.

O primeiro deles, a cetoacidose diabética (CAD) acontece quando temos a glicemia acima de 250mg/dl durante um tempo médio – que pode ser em torno de algumas horas ou dias, dependendo da pessoa. Durante esse evento, a glicemia está alta por não existir insulina circulante – seja porque não foi aplicada, seja porque não é produzida, principalmente nos casos de diabetes tipo 2. Porém, a CAD é mais encontrada em pessoas com diabetes tipo 1 desregulado.

A CAD é caracterizada pela presença de hiperglicemia, cetonemia – ou seja, presença de corpos cetônicos no sangue – e acidose metabólica – ou seja, o sangue está mais ácido do que o normal, por causas metabólicas – e possivelmente desidratação. Vamos entender como ocorre?

O corpo, que se regula também pela quantidade de insulina circulante no sangue – lembra que a insulina também é produzida naturalmente no corpo? -, começa a imaginar que a “falta” de insulina é normal, e que o corpo precisa dos hormônios produzidos quando a insulina está em baixa – no caso, o principal seria o glucagon.

Além disso, o corpo não entende que falta glicose dentro das células porque falta insulina – lembra que a insulina coloca a glicose dentro das células? Ele entende – de maneira errada – que isso acontece por não ter glicose suficiente na corrente sanguínea, e começa a usar outras fontes de energia, dentre elas, as gorduras.

A diferença é que as gorduras são quebradas e transformadas no que a gente chama de “corpos cetônicos”, que por sua vez têm caráter ácido. Ao longo do tempo, eles diminuem a acidez do sangue – o chamado pH – e isso pode desregular o funcionamento do corpo inteiro, principalmente as funções do coração.

O tratamento, nesse caso, é a reidratação, reposição de minerais perdidos – uma vez que a pessoa possivelmente estará fazendo muito xixi e perdendo água e minerais – e, depois de estabilizar a pessoa, começar a administrar insulina.

Já o estado hiperosmolar hiperglicêmico (EHH) é mais comum em pessoas com diabetes tipo 2 desregulado. Normalmente, ele acontece desencadeado por um fator como infecções, e em geral é mais rápido do que os quadros de CAD. Pneumonias, em geral, são conhecidas por levarem a um quadro de EHH.

Ele é caracterizado, também, pela hiperglicemia, desidratação e hiperosmolaridade – ou seja, a quantidade de coisas, como glicose e minerais, no sangue é suficiente para alterar a quantidade de água que está por ali. A diferença é que no EHH, a quantidade de insulina circulante é suficiente para que o fígado não produza os corpos cetônicos, que nós comentamos anteriormente.

A causa básica, também, é a diminuição da quantidade circulante de insulina, agravada pelo estresse. Isso leva, da mesma forma que na CAD, a uma produção dos hormônios contrários à insulina, levando a uma consequente hiperglicemia – ou seja, a glicemia sobe ainda mais!

Conforme o quadro avança, os pacientes podem ter sintomas neurológicos, como fraqueza, letargia – ou seja, uma lentidão generalizada – e até coma. Esse quadro pode aumentar as chances de uma trombose e também de problemas cardíacos devido à perda dos minerais.

O tratamento também é a reidratação e reposição de sais, com posterior insulinização.

Já em longo prazo – ao longo de anos, mesmo! – os principais riscos são as complicações. Uma vez que a glicose em alta quantidade, por si só, é tóxica, as células do corpo sofrem com a hiperglicemia.

O que pode acontecer, principalmente, são os danos aos vasos sanguíneos. Lentamente, eles perdem a característica de serem mais flexíveis, e acabam sendo machucados pela toxicidade da glicose. Então, todos os órgãos supridos por eles – ou seja, todos, TODOS MESMO – acabam sofrendo em maior ou menor grau.

Os principais são os olhos, os rins e os nervos. Estes órgãos têm vasinhos tão pequenos quanto fios de cabelo. Imagine, então, o estrago feito por uma glicemia de 390mg/dl constantemente?

Nos olhos, acontece a proliferação de microvasos, que são mais frágeis e podem estourar, levando inclusive à cegueira. A própria proliferação desses vasos já complica a visão, levando à chamada retinopatia diabética.

Nos rins, ocorre uma lesão característica nos glomérulos – a parte dos rins que atua como uma “peneira” para os lixos do sangue – que pode levar à insuficiência renal, precisando inclusive de diálise ou transplante no futuro. É a chamada nefropatia diabética.

Nos nervos, uma vez que os vasinhos também os alimentam, ocorre uma perda na sensibilidade – tanto de tato, para dor e pressão, quanto para calor e frio. Assim, é comum que na chamada neuropatia diabética as pessoas percam a sensibilidade – ou tenham dormências -, principalmente nas pernas e nos pés.

Outros fatores, como a dificuldade para cicatrização e diminuição da função imunológica – o nosso exército de defesa do organismo – também são complicações que vêm a partir de uma hiperglicemia prolongada. O pé diabético, com a dificuldade de cicatrização, risco de infecção e falta de sensibilidade, é um dos exemplos mais completos do estrago que o descontrole do diabetes pode trazer.

Por fim, como a gente previne isso? Simples: controlando a glicemia.Acompanhamento médico regular, controle da alimentação e prática regular de exercícios físicos, claro, aliados à disciplina, são o caminho mais seguro para evitar esses problemas todos.[/accordion] [/accordions] [accordions] [accordion title=”Posso comer frutas?” load=”hide”]“Minha dúvida é relacionada à alimentação. O consumo de laranja e maçã afeta a glicemia? Também gostaria de saber sobre a abóbora e a banana.”

A resposta é SIM. O consumo de laranja e da maçã aumenta sim a sua glicemia. A coisa é… A sua glicemia varia a cada segundo. Bem diferente do colesterol, por exemplo, que varia lentamente – e por isso que os médicos, em geral, pedem exames de colesterol anualmente para a maioria das pessoas.

A laranja e a maçã são frutas ricas em um tipo de açúcar – predominantemente a frutose e a glicose. Essa glicose vai direto para a nossa corrente sanguínea, e fica lá, até ser eliminada pelos rins ou entrar nas células devido à ação da insulina – ajudada ou não pelos medicamentos orais – para cumprir seu papel na célula.

Ah, a mesma coisa acontece para a banana – seja prata, nanica, maçã, qualquer uma! – e para a abóbora. Aliás, isso acontece para qualquer alimento que contenha carboidratos, proteínas ou gordura. Ou seja… Quase tudo o que comemos.

A diferença é que, em uma pessoa que não tem diabetes, depois de comer, a glicemia sobe, e depois desce. Já em uma pessoa com diabetes, a glicemia sobe, e depois sobe… e depois sobe mais. Então, temos os medicamentos para diabetes, que ajudam o a glicemia a voltar ao normal. É por isso que eles são importantes, junto com a atividade física, e sobretudo com a alimentação saudável para o controle do diabetes.

Enfim, pode comer esses alimentos? Pode. Mas com moderação, ok?[/accordion] [/accordions] [accordions] [accordion title=”Insulina engorda?” load=”hide”]Não é exatamente a insulina que engorda. O que engorda é a alimentação desregrada e a falta de atividade física.

A insulina, independente do peso da pessoa e independentemente do tipo, cumpre sempre o mesmo papel: colocar a glicose de fora das células para dentro das células. A coisa é que se existe muita glicose no corpo, aquele excesso de glicose não será usado para gerar energia, e será estocado pelo organismo, principalmente na forma de gordura.

Isso acontece com qualquer pessoa, tenha ela ou não diabetes. Então, não é culpa da insulina o ganho de peso. Talvez seja necessário rever a dieta ou o cronograma de atividades físicas.[/accordion] [/accordions] [accordions] [accordion title=”O que é o fenômeno do amanhecer?” load=”hide”]Bem, o chamado “Fenômeno do Alvorecer” (dawn phenomenon, em Inglês) é um evento que acontece em pessoas que têm diabetes, principalmente em quem precisa usar insulina. Ele é caracterizado por uma glicemia normal ao adormecer, culminando em uma glicemia alta ao acordar.

O nosso corpo é regido por hormônios. Um destes hormônios, é claro, é a insulina, que é o único hormônio capaz de baixar a glicemia. Enquanto isso, existem outros hormônios, tais como o glucagon, o cortisol, a adrenalina e o hormônio de crescimento, que fazem a glicemia subir – chamamos, então, estes hormônios de “contrarreguladores da insulina”.

Então, vamos pensar no sono. Quando estamos dormindo, não nos alimentamos, e por isso, o corpo precisa mandar hormônios que mantenham a glicemia para o sangue. Por isso, ao longo da noite, são secretadas pequenas quantidades de cortisol, glucagon e hormônio de crescimento.

Por volta das quatro da manhã, o corpo tem um pico destes hormônios, como que preparando o nosso despertar. E, nesse momento, em geral, a quantidade de insulina ativa no organismo é bem baixa, o que acarreta a hiperglicemia matinal.

Então, o tratamento – que deve ser discutido com o médico – em geral consiste de uma outra dose de insulina à noite, que mantenha a glicemia controlada até a manhã do dia seguinte.[/accordion] [/accordions] [accordions] [accordion title=”Ter hipoglicemias é sinônimo de diabetes? Elas são perigosas?” load=”hide”]“Tenho diabetes tipo 2, e tenho hipoglicemias com frequência, mesmo não usando nenhum remédio hoje e comendo de tudo, inclusive doces. Além disso, na época do diagnóstico, perdi muito peso, e agora, estou ganhando peso rapidamente. Gostaria de saber se hipoglicemias são tão perigosas quanto as hiperglicemias, e se hipoglicemia também é considerado diabetes.”

Existe uma máxima no diabetes, que é a mesma do Flamengo: “uma vez Flamengo, sempre Flamengo”. Assim, uma vez que você foi diagnosticada com diabetes, independente da presença de hipoglicemias ou não, continua… tendo diabetes.

Enfim, vamos à pergunta?!

Apesar de “hipoglicemia” não ser considerado diabetes, hoje sabemos que quem tem hipoglicemias frequentes – ou também as chamadas hipoglicemias de rebote, ou seja, cerca de duas horas depois de comer tende a ter hipoglicemia – são fatores de risco para o aparecimento do diabetes. É quase como se o pâncreas – órgão que secreta a insulina – já desses sinais de que “algo não vai bem”.

Agora, hipoglicemias são ainda mais perigosas do que as hiperglicemias. Vamos ver se me faço entender por uma analogia…

Suponhamos que o nosso corpo é um carro, que viaja por uma estrada. A glicose seria a gasolina, e a insulina seria o sistema de injeção de gasolina para o motor. Assim, na hiperglicemia, não há entrada de combustível no motor do carro, ele fica lá no tanque, sem fazer nada. O nosso corpo usa, então, um combustível alternativo, “batizado”, que nós chamamos de corpos cetônicos. Assim como a gasolina batizada prejudica o motor do carro ao longo do tempo, os corpos cetônicos também causam danos ao nosso corpo – por exemplo, com um quadro chamado de cetoacidose diabética -, assim como a hiperglicemia, ao longo de meses ou anos.

Agora, a hipoglicemia seria quando simplesmente… acaba o combustível no tanque! Pois é. Acabou. O carro para na estrada, e fim da viagem. E isso pode ocorrer rapidamente, uma vez que a quantidade de glicose no sangue durante uma hipoglicemia é bem baixa – abaixo de 70mg/dl.

Portanto, o perigo da hipoglicemia é o fato de que é muito mais fácil chegar ao zero – ou seja, ficar sem combustível – em pouco tempo do que ter uma complicação por hiperglicemia.

É claro, as duas coisas são bastante prejudiciais ao controle do diabetes, e por isso é tão importante manter a glicemia dentro da meta estabelecida pelo seu médico.[/accordion] [/accordions] [accordions] [accordion title=”Diabetes e concursos públicos” load=”hide”]“Gostaria de saber os direitos das pessoas com diabetes em concursos públicos.”

Oras, de maneira geral, são os mesmos direitos de qualquer outro participante do concurso. Ter diabetes não garante nenhum direito especial em quaisquer tipos de concursos – sejam concursos públicos, provas de vestibular, etc.

Algo importante a ser relatado, porém, na hora da prova, é alertar o fiscal que você tem diabetes e que possivelmente precisará realizar a medição da glicemia, e talvez comer durante a prova, de maneira a evitar hipoglicemias. Ter uma carta do seu médico alertando para estes casos ajuda, e muito.

Mas sabemos que cada concurso é autorregulado. Desta forma, é bom ler o edital do concurso e verificar se existe alguma limitação – que, sinceramente, não existe, independente do cargo ou função – imposta para os participantes com diabetes.

Na verdade, as pessoas só vão ver o diabetes como um “problema” se você demonstrar que ele é um problema na sua vida. Caso contrário, não existe limitação alguma![/accordion] [/accordions] [accordions] [accordion title=”Misturar insulinas na seringa” load=”hide”]“Faz alguma diferença a ordem na qual aspiro a insulina para misturar na seringa? Misturo NPH e Humalog.”

Na verdade, faz diferença, SIM, a ordem em que aspiramos a insulina com a seringa. Inicialmente, devemos sempre aspirar primeiro a insulina rápida – no caso, a Humalog – e, em seguida, aspirar a insulina NPH. Vamos explicar o porquê disso…

Você percebeu que as insulinas NPH são leitosas, certo? E que as insulinas rápidas – como a regular e a Humalog – são cristalinas, não? Pois bem. Se, porventura, cair um pouquinho da insulina leitosa na insulina cristalina, devido às propriedades da insulina leitosa – que, no caso, tem uma espécie de proteína adicionada – o frasco inteiro de insulina cristalina estará prejudicado, e, via de regra, deve ser jogado fora – principalmente porque toda vez que a gente pegar algo do frasco “contaminado”, aquela insulina não vai agir conforme o esperado. Já o caso contrário, por exemplo, um pouquinho de insulina cristalina cair no frasco da insulina leitosa, não tem tanto problema.

Quando colocamos essa mistura na seringa e imediatamente aplicamos, isso não acontece, uma vez que, no organismo, os tipos de insulina vão agir tranquilamente, sem problemas.

Para fazer a mistura, devemos inicialmente injetar a quantidade de ar correspondente à dose de NPH no frasco da NPH, sem que a agulha tenha contato com a insulina, retirar a seringa, injetar a quantidade de ar correspondente à dose de insulina rápida (no caso, Humalog) no frasco de insulina rápida, aspirar a insulina rápida, retirar a seringa, e só aí, aspirar a insulina NPH, sem recolocar insulina novamente. Parece difícil quando escrito, mas, tente você, e perceberá que é bem mais fácil do que parece.

Ah! Importante lembrar que a única insulina que pode ser misturada com insulinas rápidas – regular, Humalog, Apidra e NovoRapid – é a insulina NPH. Outras insulinas NÃO PODEM SER MISTURADAS, ok?[/accordion] [/accordions] [accordions] [accordion title=”Como a ingestão de álcool pode afetar o diabetes?” load=”hide”]

A ingestão de álcool afeta o diabetes de uma maneira que pode variar de pessoa para pessoa e conforme o tipo de bebida alcoólica consumida. De maneira geral, o álcool inibe a produção de glicose pelo nosso fígado, e assim, os medicamentos antidiabéticos – entre eles a insulina – baixam a glicose sem ter quem compense a ação deles. Isso, é claro, pode levar à hipoglicemia rapidamente, sendo bastante perigoso. Esse efeito pode durar várias horas, inclusive tendo efeitos no dia seguinte.

Em contrapartida, algumas bebidas alcoólicas têm bastante carboidrato, que é o principal responsável pela alteração da nossa glicemia. Assim, basta beber uma dose para ter uma hiperglicemia daquelas. E, para finalizar, o álcool vai dificultar a ação do glucagon, o hormônio contrário à insulina, que é usado em casos de hipoglicemia grave (ou severa), já que ele favorece a produção de glicose no fígado… Isso mesmo, que está bloqueada pelo álcool!

Assim, a recomendação é de evitar a bebida alcoólica, mas, se ainda assim decidir beber, nunca beba em jejum e limite o consumo a uma ou duas doses, no máximo![/accordion] [/accordions] [accordions] [accordion title=”Cortisol, hormônio do crescimento e diabetes” load=”hide”]”Para que serve o hormônio cortisol e o hormônio do crescimento? Qual a relação deles com o aumento da glicemia? A minha glicemia às 4 da manhã está baixa, mas quando me levanto as 6 ela já está alta – por quê?”

O cortisol é um hormônio produzido pelas nossas glândulas adrenais, que ficam em cima de cada um dos nossos rins. Ele atua, na verdade, no corpo inteiro, e não apenas em “um” órgão. Assim como o hormônio de crescimento, o cortisol – e outros hormônios, como o glucagon e a adrenalina – são hormônios chamados de “contrarreguladores da insulina”, ou seja, eles agem “contra” a ação da insulina – e portanto, fazem com que a glicemia aumente. Isso é importante principalmente para os momentos em que estamos sem comer – por exemplo, durante o sono ou entre duas refeições – já que eles ajudam a “segurar” a glicemia em valores seguros.

Durante o sono, o hormônio de crescimento é liberado exatamente por isso: porque não estamos gastando energia. Assim, toda a energia necessária para o crescimento está disponível, sem que tenha que ser compartilhada com os músculos e todas as outras partes do corpo. E, sim, nós continuamos “crescendo”, durante a vida toda, uma vez que as nossas células – por exemplo, da pele, cabelos, unhas, o tecido que reveste a parte de dentro da nossa boca e sistema digestório, entre outros – precisam ser renovadas, e isso também é um tipo de “crescimento”. E aí, existe outra função da característica do hormônio de crescimento de causar hiperglicemias: fornecer glicose para esse crescimento intenso.

Já o cortisol, durante a noite, tem uma função bastante importante. Ele é o principal hormônio que, lá pelas quatro da manhã, terá um pico para manter a nossa glicemia estável. Lembra que, mesmo que o nosso gasto energético seja menor, ainda temos o cérebro funcionando, o coração batendo, os pulmões continuamente se enchendo e se esvaziando? Pois é, isso também gasta energia. E o cortisol faz com que tenhamos mais glicose justamente para que essa energia esteja disponível.

E, esse evento, de “glicemia baixa às quatro da manhã e alta às seis” representa exatamente a ação do cortisol. Esse evento, em pessoas com diabetes, foi chamado de “efeito do amanhecer” – “dawn phenomenon“, já respondido na nossa seção de dúvidas, dá uma olhadinha lá! – e ajuda os médicos a regularem a dose de insulina à noite, para evitar essas hiperglicemias ao acordar.[/accordion] [/accordions] [accordions] [accordion title=”Humalog, Apidra, Novorapid e NPH” load=”hide”]”Humalog, Apidra e Novorapid são tipos de insulina regular? Por que a NPH é leitosa e a regular é transparente?” 

Humalog, Apidra e NovoRapid são os nomes comerciais de três insulinas chamadas ultrarrápidas. Elas são mais rápidas do que as insulinas regulares – sua ação começa em 15 minutos após a aplicação, podendo durar até duas horas depois da aplicação. A insulina regular tem ação que começa em cerca de 30 minutos pós aplicação, e dura entre três e quatro horas após a aplicação.

A insulina NPH é leitosa porque existe um composto chamado “protamida” adicionado a ela para que ela dure mais no nosso corpo. Caso contrário, ela não duraria as mais de 12 horas no nosso organismo. Já a insulina regular não tem esse composto, e por isso não é leitosa.[/accordion] [/accordions] [accordions] [accordion title=”Cura do diabetes” load=”hide”]”Se a insulina foi descoberta há tanto tempo, precisamente em 1922, já não se teria descoberto a cura dessa doença?”

Quanto à cura, bem, a insulina foi descoberta há muito tempo, e ainda hoje ainda não sabemos exatamente o que causa o diabetes para saber como curá-lo. Porém, temos tratamentos bastante eficazes, e podemos segui-los à risca para estarmos em plenas condições para quando a cura chegar![/accordion] [/accordions] [accordions] [accordion title=”Cetoacidose pela urina” load=”hide”]”A cetoacidose diabética pode ser detectada através da urina?”

A cetoacidose diabética é um tema já abordado na nossa seção de dúvidas, e temos um tópico do Diabeticool especialmente para esse ele: https://www.diabeticool.com/o-que-e-cetoacidose/

De maneira geral, ela não é diagnosticada pela urina. Cetoacidose diabética é um quadro complexo, que envolve acidez metabólica do sangue, problemas com a respiração, e a presença de corpos cetônicos na urina. Assim, na urina podemos perceber apenas parte do problema, com os corpos cetônicos detectados.[/accordion] [/accordions] [accordions] [accordion title=”Por que os rins são afetados pelo diabetes?” load=”hide”]”Por que os rins são afetados pelo diabetes?”

Os rins são afetados pelo diabetes porque a glicose em excesso vai lesionando a membrana que existe nos rins para filtrar o sangue e produzir urina. A má alimentação e ingestão de bebida alcoólica – desregulando a glicemia – podem, sim, afetar os rins. A pouca ingestão de água afeta os rins de qualquer pessoa, tenha ela ou não diabetes – e por isso, é recomendado que todas as pessoas bebam, diariamente, pelo menos dois litros de água.[/accordion] [/accordions]

 

perfil ronaldo wieselberg

QUEM RESPONDE:

Ronaldo José Pineda Wieselberg tem diabetes há mais de 20 anos. É estudante de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Jovem Líder em Diabetes pela Federação Internacional de Diabetes, auxiliar de coordenação do Treinamento de Jovens Líderes em Diabetes (ADJ), monitor da temporada ADJ-Unifesp para crianças com diabetes e tem trabalhos sobre diabetes premiados e publicados no Brasil e no exterior.

Uma de suas missões é esclarecer dúvidas sobre diabetes, principalmente aquelas que, em geral, as pessoas têm medo de perguntar – entre elas, as questões mais básicas da doença -, de maneira clara e simples. Envie sua dúvida através do formulário abaixo e ela será respondida aqui!