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Redução de estômago ajuda, mas não cura diabetes

Além de ajudar a perder peso, a cirurgia bariátrica pode ainda reverter o diabetes tipo 2. Isso não significa, porém, que ele não possa voltar…entenda!

É fato consumado: em pessoas acima do peso e que se submeteram a uma cirurgia de redução do estômago, na qual parte do órgão é inutilizada, a taxa de reversão (ou “cura”) do diabetes tipo 2 pode chegar a até 80% dos operados.

Além de favorecer o emagrecimento e eliminar o diabetes, a cirurgia bariátrica ainda mostra resultados interessantes no controle do colesterol e de outros problemas de saúde, como a apnéia obstrutiva do sono (relembre os dados lendo a matéria “Cirurgia Bariátrica X Medicamentos: um embate de peso!“).

Apesar das boas notícias, nem tudo são flores no mundo cirúrgico. Estudo publicado no periódico Obesity Surgery e realizado nos EUA, pelo Group Health Research Institute, argumenta que a cirurgia bariátrica pode, realmente, reverter o diabetes. Mas isso não significa que a doença não possa voltar no futuro.

O trabalho, imenso em seu escopo, acompanhou 4,400 adultos obesos e com diabetes tipo 2 durante um período de 14 anos. Todos eles fizeram a cirurgia de redução de estômago. Em 65% deles, o diabetes tipo 2 foi revertido pós-cirurgia – porém, a doença voltou em 30% destes pacientes após meros 5 anos.

É preciso pensar muito bem antes de se submeter ao tratamento cirúrgico.

Analisando os dados ao longo dos 14 anos, os cientistas puderam concluir que na maioria (56%) de quem fez a cirurgia, o diabetes continuou sendo uma presença constante em suas vidas (incluem-se aí os casos de remissão e posterior volta da doença).

Por que será que o diabetes insistiu em acompanhar os operados? Os pesquisadores ainda não sabem. Eles afirmam que o diabetes voltou tanto em pacientes que mantiveram o peso baixo quanto naqueles que engordaram novamente após a cirurgia. Disse um dos autores do trabalho, o dr. David Arterburn: “Cirurgia bariátrica não é para todo mundo. Mas nossa evidência sugere que, uma vez que uma pessoa tenha diabetes e seja severamente obesa, ela deve considerar realizar o procedimento, apesar de ele não ser sinônimo de cura para a maioria dos pacientes.”

 

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