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Pacientes enfrentam falta de remédios para diabetes em Tupã (SP)

Farmácia municipal está sem receber insulina e seringas para tratamento. Prefeitura admitiu problema, mas afirma que situação será normalizada.

Moradores de Tupã (SP) que dependem da farmácia municipal estão com o tratamento comprometido por causa da falta de insulina, fita para medir a glicemia e seringas para a aplicação de medicamentos.

A prefeitura de Tupã admitiu a falta de medicamentos desde o ano passado, principalmente, para controle da diabetes. No entanto, segundo a secretária de Saúde do município, alguns remédios são fornecidos pelo governo do estado, que teve problemas na distribuição dos medicamentos nos últimos meses. “Por conta de final de ano, final de processo licitatório, questão de orçamento, às vezes acaba acontecendo isso por parte do estado. Temos cobrado, mas por enquanto ainda não recebemos. Falta de insulina é uma competência do estado e ele está em atraso com as insulinas”, informou Rosângela de Souza Urel.

Segundo ainda a secretária, além do problema no fornecimento de insulina por parte do governo do estado, as fitinhas que fazem a medição da diabetes e as seringas são de responsabilidade do município e também continuam em falta. “Tivemos dois processos licitatórios impugnados pelo Tribunal de Contas. Específicos para medicamentos e materiais como a seringa, a tirinha para o teste de glicemia. A questão dos medicamentos foi um problema administrativo e que está sendo solucionado e no máximo até o final desta semana os medicamentos estarão nas farmácias”, completou Rosângela.

Há dois meses, uma mulher passa por um drama. Ela toma 40 unidades de insulina por dia para controlar a diabetes. Mas precisou diminuir as doses porque o medicamento que é fornecido de graça pelo Sistema Único de Saúde (SUS) está em falta na farmácia municipal. A paciente precisou reduzir a quantidade de insulina para não ficar sem remédio e também não consegue retirar as fitinhas que fazem a medição da diabetes. Ela teme ficar debilitada por falta dos medicamentos. “Senti que fui prejudicada nesse sentido e alteração na minha visão. Minha glicemia sobe a 600 e de uma hora para outra posso ter um enfarto e parar na UTI”, disse a paciente.

Além da paciente, o irmão e o pai dela também têm diabetes. Até as seringas de aplicação da insulina estão em falta. Nesse caso, os dois improvisam a aplicação. “Meu irmão está usando a mesma seringa que seria descartável por quatro vezes. Ele ferve a seringa, reutilizar”, afirmou a mulher.

A aposentada Elair Calegarti enfrenta o mesmo problema. Ela, que tem 70 anos e recebe um salário mínimo, toma onze tipos de medicamentos, entre eles, também está um remédio para controle da diabetes. No último mês gastou mais de R$ 100 em remédios que estavam em falta na farmácia municipal. “Me sinto lesada porque você tem que sustentar a casa, pagar água, luz, cuidar de criança e tem que comprar medicação”, informou.

Alguns pacientes procuraram o Conselho Municipal de Saúde. O secretário Executivo do conselho questiona os mais de R$ 32 milhões que a prefeitura de Tupã destinou de orçamento para a saúde do município em 2013. “Prefeito, explique pra gente por que gasta tanto e não se tem nada? Você vai, o médico passa a prescrição do medicamento e, simplesmente a saúde não fornece para o município e o município diz que não tem dinheiro. Gostaria de saber no que que gastaram R$ 32 milhões?”, enfatizou Carlos de Assis.

A prefeitura alega que no caso da insulina, o atraso é responsabilidade do estado. Já para a falta de outros itens, a resposta é que houve problema nas licitações.

Fonte: G1

 

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