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Nova tecnologia pode tornar a insulina mais duradoura

Já pensou utilizar insulina apenas uma vez por mês? É o que pode estar reservado para o futuro próximo dos diabéticos, de acordo com pesquisadores ingleses.

Farid Khan, à esquerda, com seu colega Paul Goddard, testa a nova tecnologia – expectativas altas para a indústria farmacêutica. Crédito: Manchester Evening News.

Esta notícia certamente alegrará a todos os milhões de diabéticos do mundo inteiro que precisam injetar insulina várias vezes ao dia. Pesquisadores ingleses fizeram uma descoberta científica revolucionária e que tem o potencial de mudar para a melhor a vida de quem usa insulina com freqüência.

Farid Khan, pesquisador da empresa Protein Technologies, e sua equipe desenvolveram uma técnica para produzir, de forma baratíssima e em escala industrial, aminoácidos similares aos que ocorrem naturalmente na natureza. Os aminoácidos são os “tijolinhos” que, juntos, formam proteínas (como a insulina). Com esta nova tecnologia, cientistas poderão combinar os aminoácidos de determinadas maneiras a fim de gerar, por exemplo, insulina artificial extremamente barata.

Além da vantagem no preço, será possível a partir desta descoberta modificar a estrutura das proteínas em laboratório. Um possível efeito seria criar uma versão artificial de insulina mais eficiente do que a natural humana, gerando benefícios enormes aos diabéticos.

“Poderemos ter uma insulina que deverá ser utilizada apenas uma vez por mês ao invés de uma vez ao dia. Ela dura mais porque o corpo não a reconhece [uma vez que é artificial] e então não consegue quebrá-la com facilidade”, explicou Khan.

“[A descoberta] poderá também permitir que remédios passem mais fácil pelas barreiras do corpo. Então, por exemplo, a insulina não teria que ser injetada, ela poderia ser inalada e absorvida através dos pulmões”, explicou o pesquisador.

 

PERSPECTIVAS

De acordo com Khan, criar aminoácidos de maneira barata e em larga escala é uma importante revolução científica que permitirá o desenvolvimento de diversos novos remédios e tratamentos. Ele afirmou temer que estas drogas demorem ainda alguns anos para chegar ao mercado, principalmente devido às muitas regulações que a indústria farmacêutica deve seguir antes de lançar um novo produto.

Todavia, Khan e sua equipe já estão buscando parceiros entre empresas de todo o mundo a fim de aperfeiçoar sua tecnologia e criar, o mais cedo possível, tratamentos inéditos para diversos problemas de saúde, incluindo o diabetes. “Eu acho que ainda levará um tanto de anos até que a indústria farmacêutica tenha confiança na tecnologia”, revelou Khan. Por isso mesmo, quanto mais cedo estas parcerias começarem, melhor para milhões de pessoas ansiosas por novidades no controle de sua saúde.

 

+ Leia também: “Briga boa das insulinas de longa duração“:

“A concorrência no mercado de insulinas de longa duração só aumenta e farmacêuticas lutam para apresentar os produtos com melhores resultados para diabéticos”.

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