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Nova maneira de fazer dieta

Comer carboidratos apenas durante o jantar pode beneficiar pessoas que lutam contra a balança, além de diminuir os casos de diabetes e doenças cardiovasculares, de acordo com nova pesquisa.

Muçulmanos de todo o mundo costumam fazer jejum durante o Ramadã, o nono mês do calendário islâmico. A prática consiste em evitar comer durante o dia e ingerir alimentos ricos em carboidratos à noite. Cientistas israelenses resolveram estudar o que acontecia com o corpo humano durante este jejum prolongado e descobriram algo intrigante: o comportamento do hormônio leptina se alterava profundamente. Sabendo que a leptina é considerada o hormônio da saciedade, os pesquisadores decidiram testar uma nova maneira de se fazer dieta. Os resultados podem mudar a maneira como pensamos sobre perder peso.

A pesquisa foi conduzida por Sigal Sofer e Zecharia Madar, da Universidade Hebraica, em Jerusalém. Zecharia, professor emérito da Universidade e atual cientista-chefe do Ministério da Educação israelense,disse que “as descobertas lançam as bases para uma dieta mais apropriada àquelas pessoas que têm dificuldade em manter um regime durante muito tempo“. “O próximo passo é entender os mecanismos que levaram aos resultados obtidos”, afirmou.

E que resultados foram estes? A pesquisa acompanhou durante 6 meses mais de 60 policiais. Metade deles foi orientada a comer uma dieta-padrão para perder peso (na qual o consumo de carboidratos era constante ao longo do dia), enquanto a outra metade recebeu a dieta experimental (na qual só havia carboidratos na janta). Após os seis meses, o grupo na dieta experimental apresentou menores índices de fome, melhores medições de peso, circunferência abdominal e gordura corporal, melhores leituras bioquímicas (açúcar e lipídios no sangue) e, também, respostas melhores à inflamação.

Se estes resultados já parecem ótimos, as melhores notícias vêm agora. Sofer e Madar estudaram com atenção as mudanças que ocorreram nas taxas de secreção de três hormônios ao longo dos seis meses. Resumimos os resultados abaixo:

Leptina: é o “hormônio da saciedade” – isto é, quando se encontra em altas taxas no sangue, a pessoa sente menos fome. Normalmente, suas taxas são baixas ao longo do dia (= fome!) e altas durante a noite (= saciedade). Os policiais na dieta experimental mostraram taxas progressivamente mais altas de leptina ao longo do dia, com picos no final da tarde (ou seja, sentiram-se com menos fome ao longo de todo o dia).

Grelina: é o “hormônio da fome” – isto é, quanto mais grelina, mais fome se sente. Normalmente, como dá para imaginar, suas taxas são altas durante o dia e baixas à noite. Os voluntários da pesquisa tiveram secreção de grelina baixa durante todo o dia, mostrando picos apenas à noite – justamente quando poderiam se alimentar com carboidratos.

Adiponectina: é considerada a ligação entre diabetes, obesidade e a síndrome metabólica. Em pessoas obesas, a secreção deste hormônio é baixa durante todo o dia. Nos participantes do estudo, a adiponectina for secretada em taxas elevadas ao longo do dia inteiro.

Ou seja, além ser ótima para a saúde no geral, a dieta rica em carboidratos à noite ainda modulou de maneira positiva a secreção de hormônios que, quando desregulados, podem levar à obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Comer pães e massas na janta nunca pareceu tão saboroso!

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