Pesquisa da Universidade da Califórnia traz mais uma prova de que fumar na gravidez faz muito mal aos bebês – inclusive depois que eles crescem.

Fumo e gravidez: duas coisas que absolutamente não combinam!
As chances de uma mulher desenvolver diabetes tipo 2 podem estar determinadas desde pequenininha, quando estava no ventre materno.
Esta é a conclusão de um estudo da Universidade da Califórnia, publicado na revista científica Journal of Developmental Origins of Health and Disease.
O estudo analisou dados de saúde de 1.800 mulheres, hoje na casa dos 44 a 54 anos, e os comparou aos hábitos de vida de seus pais, coletados em questionários feitos durante os anos 50 e 60.
Os resultados mostram que mulheres filhas de mães fumantes (e que mantiveram o vício no cigarro durante a gravidez) têm de 2 a 3 vezes mais chances de desenvolver diabetes tipo 2 na idade adulta.
Caso o pai fumasse, um pequeno acréscimo nas chances de diabetes também foi observado. Todavia, não há dados suficientes para comprovar a relação.
Pesquisas anteriores já haviam relacionado o fumo durante a gravidez a filhos com riscos maiores de obesidade na idade adulta e baixo peso na hora do parto. É a primeira vez que uma relação entre o fumo durante a gestação e o diabetes tipo 2 é observada.
“Nossas conclusões são consistentes com a idéia de que a presença de elementos químicos no ambiente uterino pode contribuir para o surgimento de doenças”, explicou a dra. Michele la Merrill, professora de toxicologia na Universidade da Califórnia e uma das autoras do trabalho.
“Nós descobrimos que ter pais fumantes é por si só um fator de risco para o diabetes, independente de obesidade na idade adulta ou peso ao nascer. Se um dos pais fumou durante a gravidez, você não está protegida do diabetes só porque é magra”, disse Michele.
A pesquisa não estudou o efeito do fumo nos meninos, uma vez que os dados de saúde foram coletados de questionários feitos apenas entre enfermeiras norte-americanas.