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Passar menos tempo sentado pode ser mais importante do que praticar exercícios físicos para a prevenção do diabetes tipo 2.

Por Ricardo Schinaider de Aguiar*, especial para o Diabeticool

A prática de exercícios físicos está, indiscutivelmente, relacionada à prevenção do diabetes. Atualmente, é recomendado que pessoas com risco de desenvolver a doença realizem atividades físicas por, pelo menos, 20 minutos por dia em média. Porém, um novo estudo sugere que mais importante para a prevenção do diabetes do que o tempo gasto com exercícios é a redução do tempo que se passa parado (sentado ou deitado, por exemplo), chamado de “tempo sedentário”.

O estudo acompanhou 153 pessoas, separadas em dois grupos de acordo com a idade e que já tinham propensão para o desenvolvimento do diabetes. Em um grupo, a média era de 33 anos, enquanto em outro era de 65. Os pesquisadores notaram que, independente do grupo, o “tempo sedentário” estava mais fortemente relacionado com os fatores de risco para o diabetes do que o tempo gasto em atividades físicas. Níveis de glicemia e colesterol, por exemplo, estavam entre os indicadores analisados.

 

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Os resultados da pesquisa são de grande importância já que podem influenciar diretamente nos tratamentos preventivos para o diabetes, uma vez que o “tempo sedentário” frequentemente não é um fator levado em consideração.

“Esse estudo fornece uma evidência preliminar de que o comportamento sedentário pode ser um alvo mais eficiente para a prevenção do diabetes tipo 2 do que focar somente em exercícios físicos. Além disso, o tempo sedentário está muito mais presente ao longo do dia do que o tempo gasto em atividades físicas”, diz Joseph Henson, pesquisador da Universidade de Leicester que liderou o estudo. “Programas de prevenção de diabetes e doenças cardiovasculares que se concentram apenas na prática de exercícios físicos não estão dando a devida atenção a uma área de fundamental importância para a saúde. Além de incentivar os 20 minutos diários de exercícios físicos, um dos pilares de todos os programas de prevenção do diabetes, poderia-se também encorajar as pessoas a simplesmente sentarem menos e se moverem mais”.

+ Leia também: “Como evitar a “doença da cadeira”“!

Ricardo Aguiar é formado em Ciências Biológicas pela Unicamp e atualmente faz o curso de “Especialização em Divulgação Científica” no Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), também pela Unicamp.

 

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