foto- diabetes - adesivo de insulina 2015
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Diabetes: novo adesivo inteligente promete acabar com as injeções de insulina

Aplicado na pele sem nenhuma dor, adesivo é capaz de medir a glicemia e liberar a quantidade exata de insulina. Testes com humanos devem começar em breve.

foto- diabetes - adesivo de insulina 2015

No futuro próximo, o controle do diabetes poderá ser feito sem nenhuma injeção e sem picadas constantes nos dedos para medir a glicemia. Bastará aplicar um pequenino adesivo sobre a pele e pronto – a quantidade de açúcar no sangue estará controlada!

Esta é a promessa do “adesivo inteligente“, criado por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, para quem está com diabetes. A novidade científica, ainda em desenvolvimento, foi publicada no periódico Proceeding of the National Academy of Sciences.

 

O QUE É E COMO FUNCIONA O ADESIVO INTELIGENTE?

Para quem precisa injetar insulina várias vezes ao dia para controlar a glicemia – especialmente diabéticos tipo 1 -, o adesivo poderá ser o melhor amigo da saúde e evitar desconfortos.

[pullquote]”A parte difícil do diabetes não é a injeção de insulina, medir a glicemia ou a dieta, mas o fato de que você tem que fazer tudo isso várias vezes todos os dias, durante toda a sua vida’, dr. John Buse (co-autor do estudo)[/pullquote]

O adesivo é um pequeno quadrado, do tamanho de uma moedinha. Na face inferior, ele possui uma centena de “microagulhas” especiais, extremamente pequenas e que grudam na pele sem provocar qualquer dor.

foto - dr Zhen Gu Universidade Carolina do Norte EUA
O dr Zhen Gu, da Univ. da Carolina do Norte, EUA, é o principal autor do estudo sobre o adesivo inteligente.

As microagulhas são pequenas, porém capazes de atingir os finos vasos sangüíneos na superfície da pele. Quando em contato com o sangue, as microagulhas conseguem detectar a quantidade de açúcar na circulação e liberam insulina de acordo, a fim de corrigir excessos. É por este revolucionário sistema de detecção que o adesivo é chamado de “inteligente”.

“Nós desenvolvemos um adesivo para diabéticos que funciona rapidamente, é fácil de usar e é feito de materiais não-tóxicos e biocompatívies”, explicou o principal autor do estudo, o prof. Zhen Gu (foto), do Departamento de Engenharia Biomédica da Universidade da Carolina do Norte.

“O sistema inteiro pode ser personalizado, sendo ajustável para o peso e a sensibilidade à insulina do paciente. Assim, podemos tornar o “adesivo inteligente” ainda mais inteligente”.

 

MUITA TECNOLOGIA AJUDA A MANTER A SAÚDE CONTROLADA POR DIAS

O novo adesivo já foi testado, com sucesso, em camundongos diabéticos. Com ele, os cientistas conseguiram controlar a glicemia corretamente durante nove horas.

A insulina é guardada em pequenos compartimentos dentro das microagulhas do adesivo (foto abaixo). Ou seja, uma hora o hormônio acaba e o adesivo deverá ser trocado. Nos testes atuais, um adesivo dura algumas horas, mas a meta dos pesquisadores é torná-lo funcional, para humanos, durante vários dias seguidos.

“[Esta tecnologia] é muito, muito empolgantes, mas ainda preliminar. Levará anos até determinarmos se vai funcionar bem em humanos. Mas se funcionasse, seria fantástico”, disse o dr. John Buse, um dos autores do trabalho e diretor do North Carolina Diabetes Care Centre.

foto - adesivo de insulina - zoom nas microagulhas
As microagulhas do adesivo guardam a insulina, que é liberada aos pouquinhos no sangue, conforme a necessidade.

John explica que uma das maiores vantagens do adesivo é evitar a injeção de quantidade erradas de insulina.

“Injetar a quantidade incorreta de medicação pode levar a complicações significativas, como cegueira e amputação de membros, ou até mesmo a conseqüências mais desastrosas, como o coma diabético e a morte”.

O adesivo dispensaria completamente as injeções, já que é capaz de controlar a glicemia de maneira “automática”. Porém, algumas medições de glicemia na ponta do dedo ainda terão de ser feitas, a fim de evitar possíveis casos de hipoglicemia – especialmente em quem pula refeições e/ou pratica exercícios físicos intensos.

 

QUANDO O ADESIVO INTELIGENTE PARA DIABETES ESTARÁ NAS LOJAS?

Novidades científicas revolucionárias deste porte, ainda mais quando são da área da saúde, costumam demorar vários anos até serem encontradas nas prateleiras das farmácias. Porém, os testes iniciais foram tão positivos que os pesquisadores estão confiantes de que, logo, o adesivo inteligente poderá ser comprado.

“Nós queremos comercializar [o adesivo inteligente] eventualmente. Estamos buscando realizar amplos estudos em animais e, se tivermos sucesso, partiremos para os testes em humanos”, disse o dr. Gu.

“Eu acredito que, no mínimo, levará de dois a três anos até ser comercializado”

 

10 Comentários

  1. Cansada de sempre ler artigos de inovações e nunca saírem do papel definitivamente!
    Pra quem não é diabético, é fácil dizer que daqui a 3 anos poderá ser comercializado. Pra quem é, três anos significa uma eternidade, um sofrimento… só quem é diabético sabe o que estou tentando dizer….

  2. Nós também convivemos com o diabetes. E achamos muito justa e verdadeira a expressão “antes tarde do que nunca”! É uma esperança, pelo menos. Pode não valer muito, mas é real. E isto importa tanto!

  3. Ola, tenho 21 anos e tenho diabetes tipo 1 desde que tinha 7 anos de idade, gostaria de saber mais sobre estes testes e este adesivo e se possível gostaria de ser uma voluntária para testes. contato pelo e-mail [email protected].

  4. Gente este site é uma benção
    desejo do fundo do meu coração que papai do céu abençoe
    Ricamente os criadores desta benção ♥
    sou tipo 1 (LADA)

  5. Olá sou diabética ja faz 15 anos hj estou desesperada pois estou com sangramento no fundo do olho td por conta da diabete esta muito alta mesmo com o medicamento nao sei mais oq fazer e nem condições pra ter um atendimento eu tenho me ajude

  6. Eu sou diabetico e levo insolina mas custa me andare sempere a espetarme axo que ese adezivo ia ser uma boa aposta.

  7. “Antes tarde do que nunca” é uma expressão que está sendo usada no lugar errado. Eu concordo totalmente com a Juliana. Se dermos uma olhada no passado do diabetes tipo 1, não notaremos NENHUM avanço significativo. Desde a sintetização da insulina, até hoje, o sistema é o mesmo. Ninguém está livre das injeções constantes e rotineiras medições de glicemia. Seja NPH, regular ou até mesmo uma Lantus da vida, não deixa de ser uma medicação injetável de uso contínuo, não descartando os incovenientes furos nos dedos para controlar a glicose. Juliana, eu tenho 31 anos e sou diabético tipo 1, há 19. Nesse tempo venho acompanhando as “inovações” desse setor e sinceramente já vou alertando: Cura? Não vai acontecer, pelo mesmo motivo das demais disfunções e doenças que ainda não a tem. Capitalismo. Já pensou no montante de dinheiro que as empresas deixariam de lucrar se alguma forma de cura fosse divulgada? Insulina, produtos zero açúcar, seringas, tiras para medir glicemia, aparelhos para medir glicemia….tanto as fabricantes quanto os distribuidores estariam em maus lençóis. Nada do que já foi divulgado na tv há alguns anos (pra não dizer décadas) chega ao mercado hoje atingindo o fim proposto (e QUANDO chega). Dito isto, fica a dica: Não fique se sustentando nesse pilar, de que algo virá. Internet?? A maior parte das propagandas e novidades não passa de sensacionalismo midiático, ou seja, tudo enrolação pra chamar sua atenção por alguns instantes. Pode ser que só seja uma realidade para seus netos…..se muita coisa mudar até lá.

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