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De olho no diabetes – por Horácio Cardoso Salles

O Diabetes Mellitus é uma doença incurável, não transmissível, um distúrbio do metabolismo: o aumento do teor de glicose no sangue devido à diminuição, ausência ou não utilização da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas. A doença não poupa ninguém, crianças, jovens, adultos ou idosos, atingindo cerca de 120 milhões de pessoas no mundo. Até 2018, esse número chegará a 280 milhões.

Não há causa definida para o Diabetes Mellitus, mas a carga genética tem sua influência, especialmente se existirem outros fatores de risco, tais como obesidade, estresse, sedentarismo, doenças infecciosas, abalos emocionais e gravidez – Arquivo JCS

Nosso organismo precisa de combustível para funcionar. A glicose existente nos alimentos é o nosso combustível. Quando nos alimentamos, a glicose passa para o sangue. Todavia, para penetrar nas células, necessitamos da insulina, que funciona como se fosse um “transportador”, levando-a para o interior das células, onde fornece energia. Quem tem Diabetes Tipo 1 não fabrica insulina e precisa recebê-la por toda a vida. Quem tem o Tipo 2 fabrica pouca insulina ou não consegue utilizar a que produz, precisando seguir um controle alimentar, aliado ou não ao uso de medicamentos.

Não há causa definida para o Diabetes Mellitus, mas a carga genética tem sua influência, especialmente se existirem outros fatores de risco, tais como obesidade, estresse, sedentarismo, doenças infecciosas, abalos emocionais e gravidez. É importante reconhecer os sintomas antes que a doença se agrave e cause maiores danos. Por isso, consulte um médico se você ou alguém de sua família tiver sensação de cansaço ou de fraqueza repetidamente, sentir muita sede, muita fome, estiver urinando com frequência, tiver rápido aumento ou perda de peso, demora na cicatrização de ferimentos, sentir coceiras pelo corpo, dificuldade para enxergar ou dormência, formigamento, choque ou câimbras nas pernas e nos pés.

Mediante a existência de fatores de risco e determinados sintomas, o exame inicialmente realizado é a dosagem de glicose no sangue em jejum. A taxa normal é de 70 a 106 mg/ dl de sangue, lembrando que o diagnóstico é sempre estabelecido pelo médico. O diabetes não controlado pode levar à cegueira por retinopatia diabética, e à catarata, que figuram entre os riscos mais comuns. Porém há outros agravantes, como os distúrbios circulatórios em pernas e pés, podendo chegar à gangrena e consequente amputação, hipertensão arterial, enfarte do miocárdio (duas a três vezes mais frequente entre os diabéticos), problemas renais e impotência sexual masculina.

A boa notícia é que todas essas complicações podem ser evitadas mediante um controle eficaz da doença. A alimentação balanceada figura no topo da lista. A maior parte da glicose vem dos alimentos que você ingere, por isso, o importante é que a alimentação seja equilibrada em quantidade e em qualidade. Outras recomendações essenciais: substitua o açúcar por adoçantes, utilize corretamente os medicamentos, controle o peso, o estresse e a pressão arterial, pratique atividade física, tenha cuidado com a pele, olhos, dentes e pés e equilibre o trabalho com repouso e lazer.

 

Horácio Cardoso Salles é clínico geral e pneumologista pela Faculdade de Medicina de Marília, e gerente Médico Ambulatorial do Seconci-SP. Artigo extraído da revista Notícias da Construção nº 125.

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul

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