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Como o Botox pode ajudar a prevenir o diabetes?

Pesquisa inovadora pretende utilizar mesma proteína-alvo do Botox como tratamento para o diabetes.

Um dos tratamentos cosméticos mais populares de hoje em dia, o Botox, pode ajudar a desencadear uma revolução na maneira como o diabetes é diagnosticado e tratado.

O Botox é um tratamento que possui como alvo proteínas chamadas de SNAREs. Estas proteínas auxiliam os músculos a se contraírem. O Botox não permite que tal ação aconteça. Assim, ao impedir que as células musculares se contraiam, o Botox deixa a pele com aparência mais “jovem”. Sendo um método super popular atualmente, muitos estudos já foram conduzidos com o Botox e as SNAREs, aumentando bastante o conhecimento que se tem de ambos. Tanto que, descobriu-se, as SNAREs atuam no corpo humano não apenas na contração muscular, sendo também encontradas no pâncreas humano.

No pâncreas, as mesmas proteínas-alvo do Botox auxiliam as células-beta a liberar insulina na corrente sangüínea, controlando, desta forma, a glicemia.

Como exatamente as SNAREs ajudam as células-beta a controlar a glicemia, porém, ainda é um mistério. Pesquisadores da Universidade Heriot-Watt, na capital escocesa, liderados pelo pesquisador dr. Colin Rickman, pretendem descobrir isto através de técnicas modernas de microscopia. A idéia dos cientistas é observar, em altíssima resolução, a maneira como estas proteínas trabalham no pâncreas.

Técnicas modernas de microscopia permitem visualizar em detalhes o conteúdo de células humanas. Neste exemplo, as proteínas SNARE são marcadas em roxo, e as vesículas que as liberam estão em verde.
Técnicas modernas de microscopia permitem visualizar em detalhes o conteúdo de células humanas. Neste exemplo, as proteínas SNARE são marcadas em roxo, e as vesículas que as liberam estão em verde.

“O diabetes tipo 2 é usualmente causado pelo consumo exagerado de comida e pela falta de exercícios. As pessoas podem viver muito bem sendo obesas até atingirem um limiar [que gera o diabetes]. Ninguém sabe de verdade o porquê das células atingirem este limiar”, explicou Rickman. “Esta pesquisa pode nos ajudar a entender como estes processos [que geram o diabetes] são organizados e como eles evoluem para a doença. Então, poderemos utilizar este conhecimento em um teste clínico para descobrir quais pessoas estão em risco de desenvolver diabetes tipo 2“, completou.

“O ângulo interessante [desta pesquisa] é que nós iremos utilizar microscopia, a qual nos permite visualizar moléculas individuais em uma célula”, afirmou o cientista. “Normalmente vê-se apenas a célula, mas não é possível ver proteínas individuais dentro dela. Estas novas técnicas nos permitem ver milhares destas moléculas nas células e observar como elas interagem e o que estão fazendo”.

“A idéia é que queremos olhar para estas proteínas e ver como elas estão organizadas na membrana, o que estão fazendo, como estão interagindo e como elas mudam o prognóstico de quem tem diabetes”, disse Rickman.

Ainda de acordo com o pesquisador, os primeiros resultados deste estudo devem ficar prontos ainda este ano, e a versão final da pesquisa deve ser publicada até o início de 2015.

O Diabeticool ficará de olho no desenvolvimento da pesquisa do dr. Colin para saber se estas novas técnicas de microscopia de fato auxiliarão os cientistas a entender melhor o funcionamento das SNAREs, e se elas se tornarão mesmo uma maneira interessante de se prevenir e diagnosticar o diabetes.

1 comentário

  1. eu tomo metanfetamina, há uma ano mas teve um perda de pesa bastante , não a outro medicamento que controla só o diabete sem perda de peso exagerado. o meu açúcar é de limite 115 ou 120

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